Em meio à crise, com o povo precisando de recursos, o governo Bolsonaro mantém sua política de arrocho
Já parece um passado distante, mas durante 13 anos o Brasil teve aumentos seguidos do salário mínimo acima da inflação, isso quer dizer, com ganho real. Agora, pela segunda vez consecutiva, o governo Bolsonaro escolhe não ter políticas específicas para valorização que atingem em especial os que ganham menos.
Entre 2007 e 2019, estava na lei que o aumento do salário mínimo deveria ter respaldo tanto na inflação acumulada quanto no crescimento do PIB. Esse cálculo venceu e não foi substituído por nenhum meio de compensação das perdas que o povo tem. Nem Temer teve coragem de mexer em um ponto tão sensível quanto este.
Enquanto isso, Paulo Guedes dá declaração de que aumentar o salário mínimo é condenar o povo ao desemprego. Uma afirmação sem pé nem cabeça que zomba daqueles que mais precisam. Um argumento que também foi usado para aprovar as reformas Trabalhista e da Previdência. O valor estipulado pelo Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2021 era de R$1.079, mas nem isso o governo conseguiu garantir. Recuaram em R$12,00 na projeção e vão entregar um salário de R$1.067,00, um mísero aumento de R$22,00 aos atuais R$1.045.
O resultado dessa política pública, se assim podemos chamar, é o aumento da desigualdade no nosso país, que em tempos de pandemia vem crescendo assustadoramente. Comparando os que recebem auxílio emergencial aos assalariados de carteira assinada, vemos um abismo. Temos que lembrar também dos aposentados. Eles muitas vezes sustentam famílias com suas aposentadorias, que por sua vez dependem da valorização do salário mínimo. O povo segue em marcha acelerada para o empobrecimento sem uma palha movida pelo executivo nacional para resgatá-los.
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